terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Espiritismo e Espiritualismo


Espero esclarecer a diferença entre o Espiritismo e Espiritualismo.

Quero deixar claro que não existe nenhum preconceito, discriminação ou qualquer outro parecer negativo sobre qualquer religião.  

E plagiando o que disse Jesus: "Não é o que entra pela boca que macula o homem, mas sim o que sai...” 

Digo: - Não são os rituais ou indumentárias que aproximam o homem da Divindade, mas sim a moral que trazemos e melhoramos dentro de nós a cada dia, para transmiti-la e praticá-la em qualquer crença que seja. 

Lembremos o que o maior espiritualista e representante da Luz nos ensinou, e que já é muito difícil de seguir:

"NÃO FAZER AO TEU PRÓXIMO O QUE NÃO GOSTARIA QUE FIZESSEM A TI MESMO." 


ESPIRITISMO: 

Palavra criada em 1857 pelo codificador da doutrina espirita Hippolyte Léon Denizard Rivail(1804-1869), que no decorrer das comunicações com os espíritos, um deles se apresentou como um “Espirito Familiar”, lhe revelando que já o conhecia no tempo das Gálias, com o nome de ALLAN KARDEC.  

Com este pseudônimo ele publicou e sintetizou as leis da Doutrina Espirita, obrigatoriamente conhecida pelos seus adeptos espiritas, pois suas obras são o alicerce para informação, orientação e formação mediúnica.

 Abaixo a lista dos cinco principais livros cronologicamente criados para divulgação da doutrina.
    - O Livro dos Espíritos, Princípios da Doutrina Espírita, publicado em 18 de abril de 1857;
    - O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores, em janeiro de 1861;
    - O Evangelho segundo o Espiritismo, em abril de 1864;
    - O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, em agosto de 1865;
    - A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, em janeiro de 1868.
Allan Kardec através da observação de fenômenos das “mesas girantes” e pela psicografia ditadas pelos ESPÍRITOS, através da mediunidade, definiu sua obra como Doutrina Espírita ou Espiritismo.

O que podemos afirmar do que existe em comum na Doutrina Espírita com outros segmentos Espiritualista, é o fato da crença na existência de Deus e da alma, por isto também podemos dizer que o Espírita é Espiritualista, mas nem todo Espiritualista é Espírita.


ESPIRITUALISMO: 
Podemos chamar de religiosos todos aqueles que acreditam em "Deus" e na "Alma", assim como existem  aqueles que acreditam na existência de algo além da matéria e com crença em alguma "Divindade", logo são, por este motivo Espiritualistas, acreditar que existe algo a mais em nós do que a matéria não implica necessariamente crer nas manifestações dos Espíritos, mas cada um com suas crenças, dogmas, rituais e características próprias vivem através do espiritualismo as suas crenças. Por este motivo repito o que foi afirmado acima, que todo Espírita é Espiritualista, mas nem todo Espiritualista é Espírita.

Citaremos agora algumas características que são comuns nas tradicionais casas onde é ensinado a Doutrina Espírita comparadas com segmentos espiritualistas e que não fazem parte da prática natural do Espiritismo.

- Vestimentas: Os seguidores das casas espíritas vestem-se normalmente, não utilizam vestimentas especiais com cores que representem o bem(branco) ou o mal (preto, vermelho) isto não faz sentido para o espírita, assim como amuletos, colares, enfeites, charutos, bebidas etc.

Obs.: Existem Centros,  Lar, Grupos, Sociedade ou Casas baseadas nos fundamentos dos ensinamentos da Doutrina Espírita que solicitam aos médiuns trabalhadores que utilizem o branco em seus vestimentos, simbolizando assim a igualdade, evitando a ostentação e ajudando na fluidez das energias e nos trabalhos juntos aos médiuns daquele local especifico, tem a ver com a orientação da administração da Casa também.   

- Rituais: Não existem rituais, amuletos e imagens de santos no tradicional centro espírita, pois a pratica em suas atividades tem como base os ensinamentos de Jesus através das Obras da Doutrina entendendo que "Deus é a inteligencia Suprema do Universo e causa primária de todas as coisas".

- Palestras: Para que uma casa religiosa seja espírita, ela deve seguir os ensinamentos contidos nas Obras Básicas da Doutrina Espírita. Os locais onde se reúnem adeptos do espiritismo  tem em comum nomes como: Centro, Grupo Espírita, Sociedade Espírita, Casa Espírita, Núcleo Espírita ou Instituição. As palestras são comuns pois o esclarecimento doutrinário é necessário para o crescimento moral tanto dos encarnados como dos desencarnados.

- Pagamento Pelo Trabalho Espiritual: Toda a casa que trabalha com cobranças de dinheiro, vantagens materiais ou exige qualquer coisa pela ajuda espiritual prestada não é considerada uma casa espírita pois esta prática não é usual em um Centro Espírita.


- Sacrifício: Todo o local que possui como prática o sacrifício de animais não pode ser considerado uma Centro Espirita, pois o espiritismo e contra qualquer tipo de ação desta natureza.

- Instrumentos de Som: Na tradicional casa espírita não há o uso de qualquer instrumentos durante o desenvolvimento dos trabalhos.

- Mediunidade: A Doutrina Espírita deixa claro que todo ser vivo tem mediunidade. E podemos afirmar que ela é uma energia neutra, pois dependendo de quem a use pode servir tanto para o bem como para o mau.  Para tal a doutrina espirita tem como fundamento por ser uma ciência filosófica de consequências morais, elevar o indivíduo moralmente. Para isso o estudo aplicado e dedicado, sua preparação e responsabilidade perante a seus atos, lhes dão o caminho para sua elevação e consequentemente para um melhor intercambio junto ao mundo espiritual. E isso não difere dos outros segmentos, pois todos são voltados para o crescimento moral através de suas verdades.