sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Qual o futuro de um filósofo?


Inicialmente partimos da seguinte indagação: qual o mercado de trabalho para um “ser” que por opção, escolheu cursar e formar-se em Filosofia? Aparentemente a resposta dada pelo “senso comum” é enfática: Nenhum! A Filosofia não serve pra nada, quanto mais ser útil no mercado de trabalho!
Como todo bom filósofo é preciso partir da situação “problema” a fim de se argumentar e discutir a respeito dessas perturbações que rodeiam a mente daqueles que fizeram opção pela Filosofia, ou que estão pensando em tal hipótese.
Muitos pensam que um graduado licenciado na área de Filosofia pode, no máximo, se esforçar em dar aulas e receber de uma parcela dos seus alunos uma total antipatia e falta de interesse por ela. Mas não se engane as coisas não são bem assim, não são como aparentam ser!
Até aqui estávamos dentro da Caverna, no entanto, é preciso ter coragem, se soltar dessas correntes que nos prendem e acreditar que a nossa visão aqui dentro é muito limitada e sem perspectiva de um novo horizonte. Por isso, respondendo novamente a pergunta inicial podemos inferir que o mercado de trabalho para um filósofo é todo aquele que ele preferir, isto é, todo espaço é dele. Nossa! Quanta pretensão e falta de humildade! Mas o que se discute aqui não é isso, o que se pretende dizer é que o filósofo pode estar inserido onde melhor lhe convém e sentir-se bem para realizar seu ofício. Não se quer dizer aqui que a docência não tenha importância, que seja uma área secundária. Pelo contrario, o objetivo é mostrar as diversas possibilidades na qual um filósofo pode atuar. Além de estar capacitado para exercer a profissão de um educador como professor, o “indivíduo” que optou por Filosofia pode ser um excelente pesquisador, pois o que seria de nós sem aqueles que pensam noite e dia em problemas que simplesmente banalizamos e consideramos como sendo normais. Outra alternativa de se “dar bem” profissionalmente é desenvolver projetos. Mas como assim? É muito simples... pensa-se em um problema e desenvolve-se soluções para o mesmo. Isso a grosso modo, é o esqueleto diga-se de passagem, pois o filósofo não é superficial, mas está a procura daquilo que está além do que se considera. Para isso, o filósofo pesquisador deve procurar financiamentos, a fim de disponibilizar um capital para desenvolver seus projetos. Segue-se abaixo alguns links de sites com um breve relato da área de investimento dessas empresas que um filósofo e afins podem enviar suas idéias com o objetivo de serem “patrocinadas”.

Fundação Araucária: acessando o site: http://www.fundacaoaraucaria.org.br/. Você poderá encontrar maiores informações sobre os projetos patrocinados por essa instituição. Para se inscrever é necessário possuir vínculo empregatício com instituição de ensino e/ou pesquisa, legalmente constituídas, quer na forma de universidades, faculdades, institutos, fundações, sociedades científicas ou culturais, sem fins lucrativos, sediadas no Estado do Paraná. O coordenador proponente deverá estar em plena atividade de pesquisa em sua instituição de origem, não cabendo a ele a solicitação de apoio da Fundação Araucária quando ausente, ou em vias de afastamento temporário para quaisquer fins. Submeter as propostas por via eletrônica (Sigep), e encaminhar uma cópia impressa do resumo do projeto cadastrado, devidamente assinada pelo proponente/coordenador e pelo responsável da instituição, via correio eletrônico.
Financiamento foco: pesquisas em diversas áreas de conhecimento, cultural, científico, educacional, tecnológico e até pesquisas de cunho pessoal. No final da execução do projeto o coordenador proponente deve apresentar um relatório com as considerações de sua pesquisa.

Cnpq: (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) acessando o site: http://www.cnpq.br/ outras informações complementares estão disponíveis. É preciso preencher o formulário de bolsa individual ou através de uma instituição cadastrada, seguindo às modalidade: (Normas Gerais de Bolsas Individuais no País) Produtividade em Pesquisa (PQ) ; Critérios dos Comitês de Assessoramento ; Consulta PQ - Bolsas em Curso ; Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT) ; Pesquisador Visitante (PV); Desenvolvimento Científico Regional (DCR) (*) ; Pós-Doutorado Júnior (PDJ) ; Pós-Doutorado Sênior (PDS) ; Doutorado-Sanduíche no País (SWP) ; Pós-Doutorado Empresarial (PDI) ; Doutorado-Sanduíche Empresarial (SWI). (Normas Gerais de Bolsas de Fomento Tecnológico); Curta Duração: Estágio/Treinamento No país (BEP) ; Especialista Visitante (BEV); Longa Duração: Iniciação Tecnológica Industrial (ITI) ; Extensão no País (EXP); Desenvolvimento Tecnológico Industrial (DTI) ; Especialista Visitante (EV) ; Apoio Técnico em Extensão no País (ATP); Bolsas Individuais no Exterior: (Normas Gerais de Bolsas Individuais no Exterior) Doutorado pleno (GDE); Pós-Doutorado (PDE) ; Doutorado Sandwich (SWE); Estágio Sênior (ESN); Treinamento no exterior (SPE); Estágio/Treinamento no exterior (BSP).
Financiamento foco: pesquisas de propriedade científica e tecnológica, o “produto final” é apresentação de relatórios com os resultados da pesquisa.

Capes: (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) acessando o site: http://www.capes.gov.br/ outras informações complementares estão disponíveis. A instituição desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação. É necessário um cadastro a fim de que o projeto possa ser analisado e, conseqüentemente, financiado.
Financiamento foco: suas atividades podem ser agrupadas em quatro grandes linhas de ação, cada qual desenvolvida por um conjunto estruturado de programas:
avaliação da pós-graduação stricto sensu;
acesso e divulgação da produção científica;
investimentos na formação de recursos de alto nível no país e exterior;
promoção da cooperação científica internacional.

Gife: para outras informações acesse http://www.gife.org.br/. “O GIFE é a primeira associação da América do Sul a reunir empresas, institutos e fundações de origem privada ou instituídos que praticam investimento social privado - repasse de recursos privados para fins públicos por meio de projetos sociais, culturais e ambientais, de forma planejada, monitorada e sistemática.”
Financiamento foco: a rede de associados investe quase R$ 1 bilhão por ano em projetos variados. No ranking das áreas temáticas priorizadas destacam-se Educação, Cultura e Artes e Desenvolvimento Comunitário. O diferencial da Rede GIFE de Investimento Social Privado é a preocupação na construção de uma sociedade sustentável.
Por isso, procuram transferir para os projetos que financiam ou operam a cultura da gestão de recursos financeiros e humanos, planejamento, definição de metas e avaliação de resultados, buscando a cumplicidade da comunidade nas tomadas de decisão.

Fundação Roberto Marinho: acessando o site: http://www.frm.org.br/ estão disponíveis informações sobre financiamento de projetos e as exigências para tal. Quando o jornalista Roberto Marinho criou a Fundação Roberto Marinho, em 1977, havia poucas ações de responsabilidade social empresarial no Brasil. Ao reunir um grupo de parceiros em torno de uma causa social – levar educação de qualidade a milhões de brasileiros – a Fundação tornou-se um dos embriões do investimento social privado no país.
Financiamento foco: é mobilizar s pessoas da comunidade, por meio da comunicação, de redes sociais e parcerias, em torno de iniciativas educacionais que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

Fundação O Boticário: acessando o site: http://internet.boticario.com.br/portal/site/fundacao/menuitem.22c30ee30efa19bae42a64973a108a0c/?epi_menuGrafico=Home estão as informações necessárias dos projetos que a instituição financia. “A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos, cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990, a instituição é a principal expressão da política de investimento social privado do Boticário, e nasceu do desejo do fundador da empresa, Miguel Gellert Krigsner, de empreender ações em prol da preservação da natureza como expressão da responsabilidade social.A atuação da Fundação O Boticário é nacional. Suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras organizações e sensibilização da sociedade para a causa conservacionista, contribuindo para o equilíbrio ecológico do planeta e para a manutenção da vida.”
Financiamento foco: projetos voltados a ações de proteção ou pesquisas que forneçam suporte à tomada de decisões para a conservação da natureza, em todos os biomas brasileiros e nas 27 unidades da Federação, incluindo o ambiente marinho. Entre os temas apoiados por meio desse programa estão à promoção da conectividade da paisagem e estudos dos impactos das mudanças climáticas sobre os ambientes naturais. Qualquer indivíduo pode mandar seu projeto a fim de que possa ser avaliado e passe por uma seleção.

Fundação Banco do Brasil: acessando o site: http://www.fbb.org.br/ informações complementares poderão ser adquiridas nas modalidades financiadas pela instituição.
Financiamento foco: ações que viabilizem a inclusão da população em programas sociais e prevê a adoção de medidas em vários campos, como alimentação, saúde, educação, emprego e habitação.

BNDES: (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) acessando o site: http://www.bndes.gov.br/ (Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura – PRODEC) informações adicionais encontram-se disponíveis.
Financiamento foco: apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Desta ação resultam a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da qualidade de vida da população.“No mês de outubro de 2006, foi aprovado o PROCULT - Programa de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual, voltado para o setor audiovisual (cinema e programadoras de TV). Em seguida, em dezembro de 2006, o PRO-TVD Conteúdo disponibilizou linhas de financiamento a emissoras de TV para aquisição de obras audiovisuais de produtoras independentes brasileiras ou desenvolvimento de conteúdo próprio.”
Programas de Financiamento: PROCULT PRO-TVD ConteúdoVeja também:Cartão BNDESInvestimento em Fundos: FUNCINEsAções de Patrocínio a Projetos CulturaisAcervos Cinema Espaço BNDES Patrimônio Histórico e Arqueológico

PETROBRAS: acessando o site: http://www2.petrobras.com.br/portugues/ads/ads_Cultura.html “Desde 1994 a Petrobras é a grande parceira do cinema brasileiro. O patrocínio da Empresa a este segmento está presente tanto na produção de filmes de longa e de curta-metragem, quanto em sua circulação pelos maiores e mais significativos festivais em todas as regiões do país, bem como em outras iniciativas de difusão da produção cinematográfica brasileira, como o Curta Petrobras as Seis, o Cine BR em Movimento e o Porta-Curtas Petrobras. A Petrobras está presente também no Cine Odeon BR e no Ponto Cine Guadalupe, em diversas publicações e textos críticos e em projetos voltados para a formação de novos profissionais e de novas platéias, como a Oficina de Audiovisual da CUFA – Central Única das Favelas e a Escola de Cinema Darcy Ribeiro.
A partir de sua Edição 2006/2007, o Programa Petrobras Cultural abriu seleção pública para festivais de cinema, ampliando assim a distribuição regional dos recursos de patrocínio a esse setor. O Programa inaugurou também a seleção pública de projetos voltados à educação para as artes e a apresentações culturais inclusivas, o que, naturalmente, abre espaço para o patrocínio a filmes, vídeos, dvds, etc, oriundos de projetos sociais em todo o país.”
Financiamento foco: investimento em filmes de longa e curta-metragem. O modo de abertura dos patrocínios acontece por meio de edital e todas as pessoas podem se inscrever.
Caso nenhuma dessas informações se enquadre na área que você deseja angariar fundos para o desenvolvimento do seu projeto, outra grande oportunidade é entrar no site: http://www.patrociniocerto.com.br/ e deixar o seu projeto disponível a fim de que outros investidores avaliem a viabilidade de patrocinar seu projeto, seja de qual espécie for. Pois o financiador ao escolher o seu projeto já sabe quais são os requisitos mínimos de financiamento do mesmo.
O projeto desenvolvido pelo grupo “Pallotti Produções” com o vídeo interativo e o Caderno de Atividades “Livres! Somos Livres?” pode entrar em um tipo de financiamento tanto educacional, pois foi desenvolvido para adolescentes e jovens, como pode ser patrocinado como um documentário cultural. Nesse caso, as empresas seriam GIFE, Fundação Roberto Marinho na área educacional e Petrobras no âmbito cultural.

sábado, 30 de agosto de 2008

Relatório Parcial da Aplicação do Material Didático sobre Liberdade





O material didático e interativo produzido pelo grupo Pallotti Produções com a finalidade de repensar os conceitos filosóficos trazendo-os para a nossa realidade foi aplicado na Faculdade Bagozzi – instituição educacional de ensino localizada à rua Caetano Marchesini, 952, Portão – Curitiba/Pr.


O curso, no qual ocorreu à aplicação, foi o de Filosofia – 4º período – na disciplina de Teoria do Conhecimento, ministrado pelo professor Bernardo Kestring, onde o mesmo colaborou na elaboração do vídeo filosófico intitulado “Livres! Somos Livres?”. O mesmo nos concedeu amplo espaço na realização da atividade proposta tanto no Caderno de Atividades que acompanha o vídeo quanto na contribuição para outras dinâmicas realizadas em sala de aula conforme o Plano de Aula formulado para essa ocasião.


A “aula” ou a apresentação dos resultados dessa pesquisa e desse trabalho experimental iniciou-se às 19h com uma breve apresentação de quem éramos e qual o motivo de estarmos ali, já que para a grande maioria tratava-se de uma novidade. Feito isso, fizemos uma exposição inicial sobre a temática da liberdade, tendo em vista despertar os “expectadores” para uma reflexão e ao mesmo tempo uma provocação.


Inicialmente, alguns alunos manifestaram interesse pelo assunto, enquanto outros pareciam não estar ainda envolvidos pelos objetivos, pois, parecia mais um corpo “estranho” dentro da temática abordada pela disciplina de Teoria do Conhecimento, quanto pela realidade pessoal de cada estudante que se encontrava naquela sala.


Tendo superado as “barreiras” iniciais, que já estavam previstas pelo grupo e pela própria estruturação da aula, passamos para o segundo momento no qual o Caderno de Atividades entrou em ação, ou melhor, as propostas que ali se encontravam para esse momento de integração e envolvimento com o assunto.


O Caderno de Atividades teve uma boa aceitação dos alunos, enquanto um integrante do Grupo Pallotti Produções – idealizadora e aplicadora do material – explicava a dinâmica proposta para aquele momento e quais seriam os resultados esperados dessa atividade, sentimos que, aquilo que parecia não haver sentido algum para muitos começou a ganhar corpo.


A dinâmica aplicada para esse momento foi montar grupos de alunos com quatro integrantes para que discutissem e expusessem suas opiniões sobre algumas indagações pertinentes sobre o tema e o que eles pensavam sobre esse problema. Com a aceitação e a colaboração de todos foram montados os grupos que trabalharam cerca de 25 min. nessa atividade de envolvimento discutindo idéias e pensando sobre o problema em questão, recortando figuras e imagens de revistas que pudessem se relacionar com o tema e com a discussão do grupo. Sentimos que se houvesse mais tempo para essa atividade os alunos continuariam suas argumentações e elucubrações na tentativa de conceituar e dar respostas significativas aos problemas apresentados.


A pretensão dessa atividade, conforme o definido e apontado pelo Grupo Pallotti Produções, na elaboração do plano de aula, não era levar ao esgotamento do assunto, mas que eles pudessem se voltar para si mesmos e refletissem sobres esses problemas que o cercam. Tendo em vista avaliar posteriormente os avanços feitos ao final desse trabalho, como também expandir a compreensão e entendimento sobre a Liberdade numa perspectiva filosófica.


Em cada grupo foi pedido para que escolhessem um relator que ficaria responsável por anotar quais foram as idéias desenvolvidas e apontadas pelo grupo. Ao final dessa atividade deveriam colar as figuras e imagens recortadas das revistas em uma cartolina para que, na seqüência cada grupo expusesse aquilo que foi discutido e qual eram as motivações que os levaram a apontar essas imagens e qual seria o sentido delas para nós hoje. Após termos ouvido e ampliássemos a discussão para toda a sala, foram muitas as contribuições significativas apontadas que permitiriam dar continuidade no trabalho.


O terceiro momento e, esse com muita expectativa já que, como nós disseram alguns alunos na sala, “não é de costume encontrar por aí filmes que abordem de forma objetiva os problemas da Filosofia, talvez esbocem de forma subjetiva, mas a nossa sociedade não pára para se questionar ou refletir sobres esses problemas tão arraigados na condição humana. Trata-se de uma proposta inovadora e pioneira nessa área”.


Durante os 50 min. de filme olhos atentos e nenhum tipo de conversa paralela, a não ser para comentar algumas imagens ou discursos que possuíam intenso significado e provocavam questionamentos no interior de cada um. Após termos assistido ao filme, realizamos uma pequena avaliação desse nosso encontro e o que ele nos permitia pensar sobre a Filosofia e sobre o mundo atual. Embora estivéssemos com o tempo esgotado, pois aproximava-se das 22h (horário de término das aulas). Os alunos permaneceram por mais alguns minutos a fim de contribuir para o crescimento de todos que se encontravam naquela sala e, principalmente, para o Grupo Pallotti Produções, na pessoa de Antonio Santana, Cleiton Henrique, João Francisco e Vanderson Alves, idealizadores dessa atividade e planejamento da aula.


Recebemos muitos elogios quanto à pesquisa, como o vídeo foi formulado, as pessoas que possuem compromisso com aquilo que fazem e deram suas contribuições no vídeo, à proposta inovadora e criativa desse trabalho e, sobretudo, pelo esforço em produzir algo que pudéssemos compartilhar com os outros. Não foi sem mérito que recebemos algumas sugestões e críticas também, já que o material se torna algo público e acessível a muitas pessoas. Algumas sugestões nos foram dadas como abordar outras idéias e refletir sobre problemas de outras naturezas, como a liberdade para o aborto e outros temas de intensas discussões em nossa atualidade. Foi nos feita à proposta de colocar esse material junto daqueles que sequer sabem o que é filosofia, ao mesmo tempo que é um desafio pode vir a ser uma conquista.


As críticas levantadas se postulam a favor do nosso crescimento e para que haja condições de expandir esse vídeo e, possa até mesmo ser transmitido por alguma emissora de Tv. Quanto ao áudio foi levando que em dois momentos no qual é narrado uma contextualização sobre tema específico a música de fundo infelizmente se sobrepõe ao som falado. Quanto às imagens no geral estão boas, mas alguns focos poderiam ter sido melhor explorados.


Enfim, a proposta de aplicação desse material didático com o objetivo de analisar e comparar criticamente como a nossa sociedade concebe o conceito de liberdade hoje foi alcançado durante a execução dessa aula. O Grupo Pallotti Produções se sente muito realizado pelo apontamentos feitos e as contribuições significativas que nos permitem refletir sobre a nossa prática enquanto educadores, futuros docentes e, principalmente seres humanos como nos diz Immanuel Kant “cidadãos do mundo”.

quinta-feira, 12 de junho de 2008



l MOSTRA DE FILMES FILOSÓFICOS


DIA 21 E 28 DE JUNHO
DAS 7:30 ÁS 12:30

AUDITÓRIO SOBRAL PINTO
CENTRO DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS (BLOCO AMARELO) - PUC-PR

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OBS: CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO DE 10 HORAS
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PROGRAMAÇÃO

DIA 21
07:30 ABERTURA OFICIAL
08:00 FILME: “JOVEM E O CUIDADO DE SI”
09:00 FILME: “O SER EM BUCA DA CURA DOS MALES QUE O ASSOLAM”
10:00 FILME: “NASCENDO PARA UM NOVO TEMPO”
11:00 FILME: “ O QUE É SOPHIA?”
12:00 FILME: “FILOSOFIA COMO INTRUMENTO DE TOTALITARISMO”
DIA 28
07:30 ABERTURA OFICIAL
08:00 FILME: “LIVRES! SOMOS LIVRES?”
09:00 FILME: “ADMIRÁVEL MUNDO DA LINGUAGEM”
10:00 CONFRATERNIZAÇÃO
10:30 FILME: “BIOPODER - DISCIPLINARIZAÇÃO E PRODUTIVIDADE”
11:30 FILME: “ MULHER: DESVELANDO O ENIGMA FEMININO”

“FILOSOFIA COMO INTRUMENTO DE TOTALITARISMO” O Filme se inicia com a demonstração da típica estética totalitarista, e a partir deste ponto caminha través da história, revelando as sutis ligações entre o pensamento autoritário e a filosofia.
“BIOPODER – DISCIPLINARIZAÇÃO – PRODUTIVIDADE” No filme pretende-se desmascarar como instituições eclesiásticas, escolares, médicas, psiquiátricas e prisionais têm para o governo uma utilidade política e até ideológica em sua vontade de poder pela normalização e docilização do corpo populacional para a produtividade.No lugar da lei, a norma; o corpo e adestrado, a população é mantida ativa e saudável e assim governável graças ao biopoder que gerencia a vida.“O QUE É SOPHIA?”O filme visa analisar, estudar e refletir a cerca dos temas que inferem na vida do ser humano. Os temas que nos propomos a levar aos jovens e adultos são: Solidariedade, Ética, Educação, Justiça e Liberdade. Analisados sob um enfoque filosófico, onde, tivemos como referência alguns filósofos que nos ajudaram de suporte para a argumentação e construção dos mesmos, eles são cada vez mais pertinentes e relevantes na prática de nossas ações, as quais nos levam a uma reflexão crítica e profunda da sua importância na relação comigo mesmo, com os outros, com a sociedade e com o mundo.
“O SER EM BUSCA DA CURA DOS MALES QUE O ASSOLAM” Todo homem é cercado de males que o não deixam viver livremente, contudo encontramos algo dentro de nós que clama por liberdade e que quer ser curado. O ser nasceu para vida e não para morte. E quais são os mecanismos usados para que tal transformação aconteça? Quais são as emoções que brotam do homem diante do cuidado de si?Entre e navegue nessa pequena reflexão sobre o Ser e os males que o assolam.
“O ADMIRÁVEL MUNDO DA LINGUAGEM” O filme, propõe falar da linguagem e suas definições tomada pelo senso comum e tomada filosoficamente em algumas vertentes dentro da filosofia, de maneira “simples” para levar o público alvo, as crianças, a refletir sob as funções da mesma no dia-a-dia de cada pessoa.
“JOVEM E O CUIDADO DE SI” O vídeo Jovem e o cuidado de si, elaborado pela equipe Devir Produções, faz uma abordagem de como Sócrates e Schopenhauer pensavam um caminho para ser feliz e como Avicena tentava achar uma cura para o medo da morte. O curta metragem é direcionado a estudantes de ensino médio. Com entrevistas, músicas, e pequenas novelas ele tenta aproximar ao máximo o pensamento filosófico ao dia-a-dia da juventude.
"NASCENDO PARA UM NOVO TEMPO" O filme explora a existência humana imersa nesse contexto de aculturação que presenciamos atualmente, e é por presenciarmos esta era dominada pela tecnologia, em que o tempo fica cada vez mais escasso, que decidimos mostrar as conseqüências que isso traz a um individuo.O protagonista do filme, Dionísio, um cara de classe média, sempre foi educado dentro desse mundo capitalista, no qual se dá muito valor ao status. Em decorrência deste modo de vida, observamos um homem egoísta que sofre por precisar de algo que acredita estar nas coisas materiais. Perdendo a sua vida em nome de uma existência sem significado, considerando-se um ser individual, o homem acaba por desestruturar as instituições, que buscavam aprimorar o comportamento social do ser humano, através da construção de valores e da educação, o que nos abre portas para que pensemos acerca do ser.
“LIVRES! SOMOS LIVRES?” Um dos profundos anseios humanos é ser livre. Na história da filosofia muitos pensadores refletiram sobre essa temática e procuraram compreender em quais condições o ser humano não é coagido por forças externas e pode fazer escolhas conscientes para sua existência. Na tentativa de abordar essas e outras idéias, o grupo Pallotti Produções apresenta “Somos Livres?” com o intuito de debater filosoficamente diante dos várias concepções sobre esse tema a fim de trazê-lo para a nossa realidade.
"MULHER: DESVELANDO O ENIGMA FEMININO" Este documentário aborda de forma geral a questão feminina pensada, de certa, maneira, como um enigma. Focalizamos, assim, a mulher a partir de alguns aspectos específicos que consideramos como inerentes a ela, tais quais: afirmação da feminilidade, como algo diferente da masculinidade, e ainda sobre política, direito, emancipação e, finalmente, estética. Com base nestes pressupostos a Filosofia pode fazer algumas indagações: o que é ser mulher? Que reflexão filosófica pode ser explicitada pensando a mulher sob estes aspectos? Ancorados nestas e noutras interrogações vários especialistas tentam aclarar um pouco mais esse enigma que é o ser feminino e suas implicações para a mulher.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

O sentimento de prazer despertado através do Belo!

O mestrando do Curso de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Luciano Ezequiel Kaminsk, apresentou o tema de sua dissertação intitulada: “O Belo como símbolo de Moralidade”. Seu intuito é demonstrar que o conceito de belo entendido na filosofia kantiana pode atuar como um símbolo motivador no cumprimento da lei moral. Todavia, não se deve confundir um com o outro, postulando que a compreensão do belo leve o individuo a um agir moralmente correto. É bastante provável que isso aconteça, mas não podemos afirmar com tal precisão.

Na construção de sua pesquisa, muito das obras de Immanuel Kant foram utilizadas, como também alguns comentadores que se utilizam de uma interpretação lógico-semântica da filosofia kantiana. Alguns conceitos-chave foram estabelecidos para a compreensão do trabalho no decorrer de sua apresentação.

O termo “Estética” não tem em Kant o sentido tradicional de “percepção do belo”, mas o sentido geral e original de “percepção sensorial”. Isto é, os juízos podem dividir-se em determinantes – quando tem por característica a sua objetividade – e os reflexionantes – que são subjetivos, próprios do sujeito que percebe. Sendo nesse sentido que falamos de uma percepção do belo que deixa de ser particular e se amplia para uma universalidade.

O sentimento de prazer despertado no sujeito no momento da percepção de um objeto consiste em um juízo reflexionante a priori, pois o tempo é uma forma a priori, que condiciona todas as nossas percepções dos fenômenos.

Desse modo, podemos dizer que, tanto a “matéria” quanto a “forma” fazem parte integrante do fenômeno. A matéria é dada pelas simples sensações ou modificações produzidas em nós pelo objeto e, como tal, só pode ser a posteriori. A forma, ao contrário, não provém das sensações e da experiência, mas sim do sujeito, sendo aquilo pelo qual os múltiplos dados sensoriais são ordenados em determinadas relações.

Portanto, chegamos a um conhecimento que nos permite inferir que as nossas intuições sensíveis são apenas representações dos fenômenos, são constituídas pelas formas a priori da sensibilidade. Por isso, na concepção kantiana a percepção daquilo que é belo não pode ser uma característica subjetiva, pois deve ter um referencial necessário e universal. Ou seja, quando um determinado indivíduo julga um objeto caracterizando-o como belo, estético, perfeito e, simultaneamente, para outro é desprezível, imperfeito, não estamos nos referindo a categoria do objeto, mas sim as percepções desse objeto. Para ambos, a sensação produzida pela percepção do objeto já acontece em um plano de ajuizamento por parte do sujeito, mas no primeiro caso com referenciais universais que permitem sentir prazer quando se percebe esse objeto.
No entanto, surge uma indagação: como saber se determinado objeto contemplado pela minha razão é belo ou não? Esse fato não pode ser considerado subjetivo, embora parta de um sujeito, o objetivo da definição de belo é estabelecer uma contemplação do objeto de forma desinteressada e pura, é o simples fato da percepção do objeto em si que provoca um extasiamento por parte do mesmo. É a partir dessa percepção que podemos falar da possibilidade do belo como instrumento que desperta nos indivíduos a busca por um comportamento moral.

Freud Explica?

Inicialmente partimos de uma frase frequentemente utilizada pelo senso comum: “Freud explica!”. Mas ao analisarmos um filme problemático e provocativo como “Porteiro da Noite” é preciso nos perguntarmos: quais são as possibilidades e, em que condições podemos nos utilizar tanto da Filosofia quanto da Psicanálise para postular um entendimento compreensível para a trama retratada no mesmo?

Este filme produzido em 1974 pela diretora Liliana Cavani, pode ser visto como um exercício de perversão e exploração do Holocausto. Por outro lado, essa abordagem psicológica sugere uma visão sombria de personagens condenados pela Segunda Guerra Mundial. Um dos aspectos que podemos ressaltar é a imagem de uma sobrevivente de campo de concentração como objeto de desejo de um ex-general nazista.

Todo o enredo do filme se passa em Viena no ano 1957, onde uma organização secreta de ex-nazistas se encontravam periodicamente a fim de eliminarem aquelas testemunhas consideradas perigosas, pois, poderiam “abrir a boca” e narrar todos os acontecimentos por elas vividas. Como no próprio filme é dito: “uma testemunha viva, é mais perigoso do que milhares de mortos”. É nesse contexto que surge o retrato de Maximilian, um ex-oficial da SS, que trabalha como porteiro noturno em um hotel elegante.

Imagens do passado pontuam a narrativa presente com freqüência e sugerem que Lucia sobreviveu por ter sido um “brinquedo” nas mãos de Max. Em meio à tensão da crescente ansiedade deles para ficarem sozinhos, Max elimina um ex-prisioneiro que ficara seu amigo. Ele e Lucia estão finalmente reunidos numa cena de paixão violenta e doentia. Em vez de eliminá-la, como lhe ordenam, ele a tranca em seu apartamento e revive o passado com a mesma intensidade que vivera quando a torturava.

O amor obsessivo de Max e Lucia recriam uma situação em que ambos são vítimas. Eles vivem em uma paranóia completa porque são perseguidos, e por isso, não saem mais, a fome e a falta de ar faz com que voltem a um nível quase animal. A confissão de Max de que “ele trabalha à noite porque durante o dia, na luz, ele tem vergonha”, mostra o seu dilema interior.


Enfim, o filme retrata não só a continuação política entre o nazismo do período da guerra e a Áustria de 1957 como também a continuidade psicológica de personagens presos a uma compulsiva repetição do passado. Nem mesmo se quiséssemos explicar todos os aspectos que perpassam essa historia através dos conceitos propostos por Freud, como o id, o ego e superego poderíamos dar conta de explicitar todos os comportamentos mostrados no filme. O ser humano, mesmo com todos esses estudos ao seu alcance, ainda é uma incógnita tanto para a Filosofia quanto para a Psicanálise.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A impossibilidade de julgar a consistência da verdade apenas levando em consideração o encadeamento dos fatos

O filme “A vida de David Gale”, no original (The Life of David Gale, 2003), do diretor Alan Parker, pretende levar o expectador a uma reflexão sobre a eficácia ou não da pena de morte. Todavia pelo estilo de produção e pelo decorrer das cenas, o expectador tende a se prender na trama, que é justamente descobrir a verdade sobre o assassinato que gira em torno do filme. São raras as pessoas que conseguem formular concepções sobre o que é a vida, o que é a morte, qual o conceito de justiça em nossa sociedade, como o ser humano se satisfaz com as evidências e, muito mais raros são os que realmente não ficam presos à realidade como é dita ou formulada pelos fatos, mas procuram incessantemente conhecer e chegar até a verdade. Nesse sentido, é preciso também analisarmos a problemática que circunda o conceito de “verdade”. Sendo esta uma postura norteadora da Filosofia.
No filme, a narrativa da história se passa com um professor de filosofia da Universidade do Texas, David Gale (Kevin Spacey), que por sinal, é ativista de um movimento contra a pena de morte no estado americano. Ele é acusado de assassinar sua colega de trabalho, Constance Harraway (Laura Linney). Por ironia, e é aí que se desenvolve toda a temática do filme, Gale é condenado à pena de morte e três dias antes de sua execução resolve contar sua história à jornalista Elizabeth Bloom (Kate Winslet). Bloom é conhecida por garantir o sigilo de suas fontes, tendo até mesmo passado alguns dias presa por se negar a entregar uma delas.
Gale passa a narrar sua vida à jornalista, e ela fica perturbada com os conflitos éticos profissionais que aparecem. Em vários momentos da trama parece se questionar se está sendo manipulada por sua fonte, quais seriam as intenções de Gale em esperar tanto tempo para revelar sua história, se deveria ou não comprar a defesa do acusado e investigar o assassinato por conta própria. Em meio a pistas que aos poucos vão sendo reveladas exclusivamente para ela, seja pelo professor ou de forma misteriosa, Bloom começa a desvendar o mistério, que caminha para um final de certa forma surpreendente, mas não impressionante.
A jornalista descobre, através das investigações, que tudo não passava de um engano e que na verdade ele era inocente. A intenção de Gale na verdade era provar os erros nos processos de condenação e que havia muitos inocentes morrendo, mas acima de tudo, queria defender os direitos humanos daqueles presos, pois eram considerados “monstros” e por isso, não mereciam piedade. Além de acreditar nessas proposições, também lutava por esse ideal, mostrou personalidade e determinação em suas convicções, mesmo isto lhe custando à própria vida. O que estava fazendo, para ele, era em vista de um bem maior: o da sociedade. Daí surge à questão de como podemos conciliar os nossos desejos aos comuns à sociedade.
Muitas vezes vemos que nosso interesse difere dos outros. É o caso que acontece no filme, pois, a maioria das pessoas defendia à pena de morte. Então, ele se utiliza da prova concreta para fundamentar a sua opinião como verdadeira. Constrói a partir do entendimento de sua filosofia uma argumentação ou prova perfeita capaz de validar seu ponto de vista. Seria como quisesse corroborar o grande equívoco da sociedade em defender os seus direitos em detrimento dos outros. Na visão kantiana poderíamos afirmar a predominância das paixões e desejos em vez da afirmação do ato moral, mesmo que a análise de Kant não seja universal, mas individual.
Mas ao final do filme temos a surpresa: ele planejou sua morte e da sua companheira. Esta atitude causou a divisão entre os expectadores, pois, questionamo-nos até onde vai à moral na defesa pelo que acreditamos, principalmente, quando se trata de uma opinião pouco apoiada pelo sistema. Este ato se torna imoral à medida que se atenta contra a própria vida e se deixa o outro morrer. É uma coragem que parte de uma motivação esfacelada. Mesmo que o intuito seja defender a vida permitindo situação de morte. É uma coragem inútil, pois, o fim não é o próprio homem, embora Gale acredita-se nisso.
Enfim, temos um homem corajoso e muito capaz, mas que poderia utilizar de outros meios para lutar pelo que acreditava meios estes que sejam morais. Teria a oportunidade, mesmo com a corrosão estrutural, de “driblar” tudo isto e iniciar uma luta. Luta esta que, não teria o que se questionar moralmente, pois afirmaria uma proposição sem negá-la ao mesmo tempo. Contudo, ele incorreu no mesmo erro que o Estado, que justifica a pena de morte para proteger a vida. Ou seja, caiu no erro que desejava combater: a contradição de defender a vida através da pena de morte.

O constitutivo da natureza humana em Immanuel Kant

A produção deste vídeo está inspirada na discussão em sala de aula apresenta pelo graduando Jorge Vanderlei da Conceição do 5º período do Curso de Licenciatura da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Com o intuito de produzir uma reflexão em torno da problemática que envolve o homem, o Grupo Pallotti Produções apostou alto. Com um "orçamento bilionário", produziu um pequeno documentário em um dos cartões postais mais famosos da "cidade de 1º mundo".

Visando despertar o expectador para a discussão em torno da moral, da ética e do cumprimento do dever, o vídeo relembra as idéias do filósofo alemão, Immanuel Kant, sobre o que é o homem (cidadão do mundo) e se podemos falar de um constitutivo de sua natureza.

A todo o público... a equipe de produção deseja que o material produzido possa ser um apoio para a construção de um pensamento próprio e um questionar-se a si mesmo.

Bom Estudo!